GE- NEWS A HISTÓRIA JIU- JITSU NO BRASIL.
Oriundo dos Mosteiros Hindus onde foi concebido como forma de
defesa alternativa que defendesse, neutraliza-se anulasse e subjugasse sem
causar danos físicos aos adversários preceitos estes que não viriam violentar
os rígidos dogmas religiosos dos monges, o Jiu-Jitsu desde
os seus primórdios teve sempre como filosofia básica a auto-defesa, mesmo
que quando essa auto-defesa implicasse na necessidade de contra ataque ao
adversário, sempre como resposta, nunca como iniciativa.
Baseado
num jogo inteligente de força e contra força,
equilíbrio e desequilíbrio em lançamentos movimentos divergentes, além de ser
uma arte marcial, o Jiu-Jitsu poderia ser classificado como uma
ciência exata dos movimentos coordenados.
O Jui-Jitsu teve
início na Índia, mas encontrou sua verdadeira pátria no Japão, tornando-se lá o
esporte nacional, onde deu origem as mais diversas modalidades de luta, posto
que, de suas diversas escolas surgiram o Judô, Karatê, Aikidô e dezenas de outras artes
marciais.
No
Brasil do começo do século, dotado de uma aptidão quase metafísica para as
lutas e dono de uma coragem extraordinária, Carlos Gracie,
credenciado por tais qualidades, veio a tornar-se depositário da amizade,
admiração e dos raríssimos ensinamentos de Mitsuo
Maeda, o Conde Koma, legendário campeão japonês de Jiu-Jitsu e
pôr isso nomeado adido comercial do Japão em terras do Grão-Pará.
A implantação do Jiu-Jitsu no Brasil assumiu
dramáticos tons de epopeia, pois Carlos Gracie e
seus irmãos Oswaldo, Gastão, George e Hélio, tinham
pressa em ver reconhecido o valor da luta pela qual se apaixonaram,
devotando-lhe suas vidas e mais a de seus filhos e netos, renunciando a
continuarem como membros do Corpo Diplomático Brasileiro, o qual,
tradicionalmente, a família sempre pertencera.
E
esses novos cruzados não se furtavam em dar novas provas de sua fé. Para
demonstrar a eficiência da nova luta, desafiavam e aceitavam desafios de
qualquer um, não importando nem o tamanho e nem o peso dos adversários; Lutavam
fossem em ringues montados em circos mambembes, fosse nas duras pedras das ruas
da cidade, ou onde houvesse um “incréu” que duvidasse da eficiência e das
qualidades milagrosas do Jiu-Jitsu. Na maioria das vezes, estes “exorcismos”
se transformavam em grossas e memoráveis pancadarias e acabavam, não raro, nas
manchetes dos jornais ou nos bancos das delegacias policiais. Estes episódios,
à época considerados necessários e até justificáveis, hoje são vistos como a
pré-história de um Jiu-Jitsu que
se encontra organizado como esporte, representado por federações em mais de uma
dezena de estados, e com representação nacional através da Confederação
Brasileira de Jiu-Jitsu. O próximo passo será a inclusão do Jiu-Jitsu na
categoria de modalidade Olímpica. Força não nos falta.
O Jiu-Jitsu hoje é o esporte individual que mais
cresce no país: cerca de 350.000 praticantes; 1.500 centros de ensino somente
nas grandes capitais. A média de participantes do Campeonato Estadual tem sido
de 3.000 atletas que se apresentam para um público rotativo de mais de 35.000
pessoas.
No
Exterior notadamente nos Estados Unidos, o sucesso dos atletas Royce Gracie e Rickson
Gracie tem sido motivo para a ocupação de grandes espaços na
mídia de programas transmitidos de “coast to coast” para milhões de
telespectadores na parte de educação e ensino o Jiu-Jitsu ganhou cadeira como
matéria universitária (Universidade Gama Filho).
Na
sua Parte mais moderna, o Jiu-Jitsu contou sempre com o concurso de
artífices que moldaram a verdadeira face do esporte: Carlson
Gracie, Carlos Robson Gracie, Pedro Hemetério, João Alberto Barreto, Hélio
Vigio Gomes, Oswaldo Batista Fadda, Monir Salomão, Walter Guimarães, Francisco
Mansor, Nahum Luiz Rabbay, Otávio de Almeida. Uma menção especial se faz necessário quanto
a Hélcio Leal Binda, a ele se deve toda a idealização da primeira Federação de Jiu-Jitsu em
todo mundo, suas regras hierarquia de faixas, o formato, o desenho, e a cor de
suas bandeiras.
Qualquer perfil da história do Jiu-Jitsu,
traçado por quem quer que seja não poderia ser feito sem incluir no seu
contorno mais forte a figura lendária de seu ideólogo criador e fundador no
Brasil, o patriarca Carlos Gracie. Da mesma forma jamais se poderia minimizar o
extraordinário valor deste “Monstro Sagrado” que é Hélio Gracie, de co-autoria
de todos os movimentos e êxitos que o Jiu-Jitsu vem obtendo nestes últimos
sessenta anos, aqui e no resto do mundo, coadjuvados por seus irmãos Oswaldo,
Gastão e George Gracie. Este Esporte não teria existido sem eles.
Este Esporte não teria existido sem eles.
O
JIU-JITSU DESPORTIVO:
O Jiu-Jitsu desportivo, é
a parte competitiva, em que os atletas exibem suas habilidades técnicas,
físicas e psicológicas com o objetivo de alcançar a vitória sobre seus
adversários.
Os golpes válidos são aqueles que procuram projetar seus adversários ao
solo neutralizando, imobilizando, estrangulando ou torcendo as articulações.
Devem ser aplicados sempre de forma técnica, sem que para isso utilize golpes
não válidos tais como morder, enfiar os dedos nos olhos, atingir os órgãos
genitais ou ainda lançar mãos de artifícios considerados desleais para vencer.
GOLPES
E PONTUAÇÃO:
As competições são dirigidas por um árbitro central, que observando os
golpes, indica a pontuação da seguinte forma:
Os golpes de projeção ou desequilíbrio, que levem o adversário ao solo,
seja de costas, de lado, de frente ou sentado valem 2 pontos;
A passagem de guarda vale 3 pontos. É conseguida quando o atleta que
estiver pôr cima domina as pernas do adversário e conquista a posição lateral
no sentido transversal ou longitudinal ao tronco de seu adversário, estando
este com as costas no chão ou ainda de lado, desde que completamente dominado.
Pegada pelas costas vale 4 pontos. Quando o atleta consegue segurar o
adversário pelas costas com os calcanhares apoiados na virilha, ou ainda
fazendo gancho na parte interna das coxas e com os braços envolvidos no
pescoço, no tronco ou dominando os braços do adversário.
A raspagem vale 2 pontos. Quando o lutador que estiver por baixo, com o
adversário dentro ou fora da guarda (no meio das duas pernas) ou ainda meia
guarda (com uma perna no meio das outras do adversário de cima) e conseguir
inverter esta posição.
DECISÃO
DAS LUTAS:
Não haverá empate, as lutas sempre deverão ser decididas por:
Desistência;
Desclassificação;
Perda dos sentidos;
Pontos;
Vantagens;
Combatividade (decisão do árbitro).
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FOTOS GILBERTO ESPINDOLA
CLIRLEI CARVALHO
Reportagem completa.. Mais uma vez mostrando este esporte q cresce dia a dia mostrando mais adbitos a arte do nosso jiu jitsu.oss
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