GE NEWS JEAN DI SANTI, O CAÇADOR DE CACHOEIRAS.....
Bromado Expedições
JEAN DI SANTI,
JEAN DI SANTI,
FUNCIONÁRIO PÚBLICO CÂMARA MUNICIPAL DE COLOMBO O CAÇADOR DE CACHOEIRAS
Sem experiência, sozinho, com um guarda chuva retalhado numa molhada quarta-feira, percorri minha 1ª trilha, que foi o Itupava, a qual assim como os demais caminhos coloniais, me fascinou quando retornei ao estado em 2007. Eram então os únicos trajetos de que me acreditava capaz; e tive ainda um hiato nestas atividades, que durou até o início de 2015. Convidado e guiado por amigos, em trilhas conhecidas não matava mais a sede que tinha por aventura. "Non ducor, duco" (Não sou conduzido, conduzo) foi algo que tive que aprender, domando a própria covardia, para conseguir o que desejava. E foi então que iniciei um amplo projeto de trilhas exploratórias.
O Grupo
Bromado Expedições foi o grupo formado inicialmente entre conhecidos, que antes chamava-se 'Debatendo Cachoeiras', e tem por objetivo envolver as pessoas nas descobertas a que me propus. Não quisera perder parceiros por ter mudado de foco, porém era desafiador conseguir apoio às exploratórias, por amigos que nem de longe as tinham como prioridades; embora às vezes também intercalemos passeios fáceis, a fim de que mais membros os possam usufruir.
Participantes novos tornaram-se maioria, e também pretendêramos incluí-los no que fazemos, pois muitas vezes quem entra nos grupos espera exatamente esses convites, e todos merecem não ser apenas plateia das realizações alheias; entretanto o volume de 'tarefas' que temos não nos permitiu ainda pôr isso em prática.
Conquistas
Com certeza a cachoeira mais linda em que já estivemos foi a queda Dupla, 1km acima do Salto Da Fortuna. A do Bromado, que deu nome ao grupo, foi a única que não tive condições físicas de chegar, mas o grupo que organizamos, sim. Algumas, mesmo sendo tão fáceis, ainda não eram documentadas, como Itararé, Bromélias, 3ª Do Rio Do Corvo, Ouro Branco, Pau Oco, São João 1 e 2, Potunã, Rio Negro (de baixo), Candonga 3 e 4, Cananga e Brejumirim.
Outras, fáceis ou médias, eram pouco conhecidas, como Candonga 1 e 2, Grota Funda, Jaguatirica, Garrador, Colle e Barragem. Também há o grupo das mais remotas, como Cari 1 e 2, Igreja, Piraí 1 e 2, Cavalo, Caninana e Rio Da Serra. Quase todos esses nomes, apenas atribuímos conforme o nome do rio, pois não eram batizadas. Dentre os morros, destacaram-se o 'Da Pedra' e o Pirizal.
O Potencial Dos Municípios
A Região metropolitana de Curitiba, embora não faça frente à hegemonia das belezas naturais do litoral, tem excelentes atrativos que os próprios municípios desconhecem. Colombo tem a Cachoeira Roncador, que antes tinha poucas fotos na internet e hoje está melhor documentada. Itaperuçu tem os morros Betara, Glória (este hoje é mais divulgado) e Serra Vuturuvu. Rio Branco tem a Cachoeira Santa Cruz Do Tacaniça, 1 e 2 do Rio Massaroca, Morro Lorena, Maior De Santana, Do Rio Comprido, Campina Dos Rosas e o do Bairro Santiago. E o melhor de tudo, entre Bocaiuva do Sul e Tunas, a Serra Da Bocaina, cujos 5 morros e a cachoeira pudemos trazer a público.
Os vídeos e o blog Caminho Do Arraial
Os vídeos que fazíamos pegavam 'carona' num canal que já tinha anteriormente, de música latina / gaúcha / sertaneja com bom número de inscritos, onde os separamos numa playlist chamada Grupo Bromado. Para sua divulgação, algumas páginas são providenciais, como Caçadores De Cachoeiras e Caminho Colonial Do Itupava.
Havia histórias demais para serem contadas sobre todos aqueles atrativos, e um dilema acerca de compartilha-las ou não. Alguns grupos guardam para si o que desbravam, alguns por questões de preservação, outros por egoísmo simplesmente. Achamos que as coisas ganham sentido quando envolvem a coletividade, e decidimos criar o Blog Caminho Do Arraial; cujos textos procuram ser criteriosos e informar da melhor forma aos interessados sobre questões de risco, quando as houver.
Poderia em vez desse nome, chamar-se "Tudo Isto É Vosso", sem perder o significado. Alguns artigos têm caráter quase enciclopédico; com inclusão de perspectivas pessoais quase somente como forma de "colocar o leitor nos nossos sapatos" afim de saber melhor (entre vários aspectos), o que vai encontrar nestes locais; porém nunca elementos específicos demais, qual certos relatos onde o trilheiro diz até o que comeu no caminho.
Os Grandes Propósitos
Não se pode acertar sempre, e há que se aprender com os erros. Por excesso de confiança, 3 vezes passamos por situações difíceis, de perigo, tendo uma delas me deixado pequena consequência permanente; mas que em nada nos freou as intenções. O motivo de um certo medo, de um 'frio na barriga' é pensar no tamanho da lista de cachoeiras e morros que ainda faltam por conhecer. As gerações se sucedem, nós passamos, as histórias ficam para os que as ouvem, e ficam gravadas dentro de nós. O amor pelo Paraná, pela natureza, tudo compõe um legado que nos toca reverenciar.
Esta é uma síntese livre – mas ordenada – história e dos aspectos principais nas atividades de trilha que temos
desenvolvido e exposto desde quase 3 anos. Faço desta narrativa individual uma
exceção, porque embora não inquebrável, é constante o propósito de
impessoalidade na divulgação dos atrativos naturais da nossa região.
No caminho
inverso de uma sociedade que se desenvolveu afastando-se da terra e do meio
original, hoje mais pessoas buscam um retorno a ela; um equilíbrio entre o
quotidiano moderno, civilizado, e as satisfações que a natureza pode
proporcionar. Comparo muito ao exemplo da felicidade de certo leão circense que
passou toda a vida numa jaula; e em algum momento pôde pela 1ª vez tocar o
solo.
O Paraná,
como cenário pioneiro do montanhismo no Brasil, tem nas práticas de contato com
o meio ambiente um tipo de vida social à parte, possuidor de tantas
particularidades como as de outros esportes, hobbies ou profissões.
TEXTO JEAN DI SANTI FOTOS ARQUIVO PESSOAL
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